Orientação ao casal Infértil
O QUE É INFERTILIDADE
Infertilidade é definida como a incapacidade de um casal engravidar após um ano de relações sexuais desprotegidas em mulheres com menos de 35 anos e após seis meses em mulheres com 35 anos ou mais. A infertilidade é uma condição comum: em um determinado ano, cerca de 15% dos casais no Brasil que estão tentando conceber não conseguem fazê-lo.
A capacidade de um casal engravidar depende da fertilidade normal dos parceiros masculino e feminino. Em um estudo, entre todos os casos de infertilidade nos países desenvolvidos, cerca de 8% podem ser atribuídos a problemas masculinos, 37% podem ser atribuídos a problemas femininos e 35% podem ser atribuídos a problemas nos parceiros masculinos e femininos. Em cerca de 5% dos casais, a causa da infertilidade não pode ser atribuída a problemas específicos em nenhum dos parceiros.
Como a gravidez requer fertilidade normal, tanto no homem quanto na mulher, os profissionais de saúde envolvem rotineiramente os dois parceiros na avaliação.
AVALIAÇÃO DA INFERTILIDADE EM HOMENS
A fertilidade nos homens requer o funcionamento normal do hipotálamo, glândula pituitária e testículos. Portanto, uma variedade de condições diferentes pode levar à infertilidade. A avaliação da infertilidade masculina pode apontar para uma causa subjacente, que pode orientar o tratamento. Um profissional de saúde geralmente começa com um histórico médico, exame físico e um teste de sêmen. Outros testes podem ser necessários.
AVALIAÇÃO DA INFERTILIDADE EM MULHERES
Embora haja uma variedade de testes disponíveis para avaliar a infertilidade feminina, pode não ser necessário ter todos esses testes. Os prestadores de cuidados de saúde geralmente começam com um histórico médico, um exame físico completo e alguns testes preliminares.
Histórico médico: O histórico médico e de saúde de uma mulher pode fornecer algumas pistas sobre a causa da infertilidade. O profissional de saúde perguntará sobre o desenvolvimento infantil; desenvolvimento sexual durante a puberdade; história sexual; doenças e infecções; cirurgias; medicamentos utilizados; exposição a certos agentes ambientais (álcool, radiação, esteróides, quimioterapia e produtos químicos tóxicos); e quaisquer avaliações anteriores de fertilidade.
História menstrual: A amenorréia (ausência de períodos menstruais) geralmente sinaliza ausência de ovulação, o que pode causar infertilidade. A oligomenorréia (ciclos menstruais irregulares) pode ser um sinal de ovulação irregular ou ausente; embora a oligomenorréia não torne impossível a gravidez, ela pode interferir na capacidade de engravidar.
Exame físico: Um exame físico geralmente inclui um exame geral, com atenção especial a quaisquer sinais de deficiência ou excesso de hormônios (como pêlos faciais) ou sinais de outras condições que possam prejudicar a fertilidade. O profissional também realizará um exame pélvico, que pode identificar anormalidades do trato reprodutivo e sinais de baixos níveis hormonais. O exame físico pode ser realizado pelo médico, ginecologista ou especialista em infertilidade do paciente.
Exames de sangue: Os exames de sangue podem fornecer informações sobre os níveis de vários hormônios que desempenham um papel na fertilidade feminina;
Temperatura corporal basal: O monitoramento da temperatura corporal basal (medido antes de sair da cama pela manhã) foi previamente recomendado para determinar se a ovulação ocorreu. A temperatura de uma mulher geralmente aumenta de 0,5 ºF a 1,0 ºF após a ovulação. No entanto, os padrões basais de temperatura corporal podem ser difíceis de interpretar e geralmente não são recomendados na avaliação da infertilidade.
Testes para avaliar o útero e as trompas de falópio: As anormalidades uterinas que podem contribuir para a infertilidade incluem anormalidades estruturais congênitas, como um septo uterino (uma faixa de tecido que divide a cavidade uterina); miomas; pólipos; e anormalidades estruturais que podem resultar de procedimentos ginecológicos.
A cicatrização e a obstrução das trompas de falópio podem ocorrer como resultado de doença inflamatória pélvica, endometriose ou aderências pélvicas (tecido cicatricial) de infecção abdominal ou cirurgia.
Testes genéticos: O teste genético pode ser recomendado se houver suspeita de que anormalidades genéticas ou cromossômicas estejam contribuindo para a infertilidade. Esses testes geralmente requerem uma pequena amostra de sangue, que é enviada a um laboratório para avaliação.
Embora as técnicas de reprodução assistida possam superar as anormalidades genéticas ou cromossômicas, existe a possibilidade de transferir a anormalidade para uma criança. O aconselhamento genético é frequentemente recomendado para educar um casal sobre a possibilidade de transmissão de pai para filho, possível impacto da anormalidade e tratamentos disponíveis para impedir a transmissão de pai para filho.
APOIO EMOCIONAL DURANTE A AVALIAÇÃO DA INFERTILIDADE
Homens e mulheres podem sofrer desses problemas, o que pode prejudicar ainda mais a capacidade de um casal engravidar. O sofrimento psicológico está associado à falha no tratamento da infertilidade, e as intervenções para aliviar o estresse estão associadas ao aumento das taxas de gravidez.
A melhor abordagem para o tratamento do sofrimento psíquico relacionado ao tratamento da infertilidade não foi determinada. No entanto, alguns especialistas sugerem técnicas de relaxamento, controle do estresse, treinamento de habilidades de enfrentamento e apoio do grupo. A avaliação por um psiquiatra pode ser necessária para algumas pessoas com sintomas significativos de ansiedade ou depressão.
ONDE OBTER MAIS INFORMAÇÕES
Procure um médico especialista é a melhor fonte de informações para perguntas e preocupações relacionadas ao seu problema médico.
Lembrete importante: Esta informação destina-se apenas a fornecer orientação, não um conselho médico definitivo. Por favor, consulte o médico Dr. Ricardo Silveira sobre sua condição específica. Somente um ginecologista certificado, treinado e experiente, pode determinar um diagnóstico preciso e tratamento adequado.